Suíça

Svizzera

SOBRE

Estado Federal atual, com 41 293 km2 e 7 300 000 de habitantes; segundo a fórmula de Cline, 11. Em 1 de agosto de 1291 foi constituída uma aliança perpétua de três cantões alpinos, Uri, Schwyz e Unterwalden, recusando a soberania territorial dos Habsburgos; pedem, depois, apoio aos Hohenstaufen; em 1315 vencem Leopoldo de Áustria na batalha de Morgarten e renovam a aliança, tornando-se companheiros ligados por um juramento. A esse núcleo duro de cantões montanheses, vão agregar-se comunidades urbanas ao longo do século XIV, como Lucerna (1332), Zurique (1351) e Berna (1353), até que em 1389 os Habsburgos reconhecem a independência da confederação, depois de derrotados na batalha de Sempach de 1386; em 1474, nova paz com os Habsburgos, pela qual estes renunciam a todos os direitos e privilégios sobre os confederados; Paz de Basileia de 1499.

O núcleo duro da confederação assenta nos cantões que controlam o acesso a Saint-Gothard, o local de passagem da bacia do Reno para a planície do Pó; são estes montanheses que constituem o núcleo fundador da Suíça, representados pela mitificação de Guilherme Tell, lenda do século XV que o romantismo de Friedrich Schiller erigiu em símbolo da Suíça.

A Suíça torna-se então uma forte potência militar, dado que, tendo estabelecido o serviço militar obrigatório para todos os homens entre os 16 e os 60 anos, era capaz de mobilizar imediatamente mais homens do que o rei de França ou o imperador; passam assim a constituir a principal fonte de recrutamento de mercenários das várias potências da Europa; a Reforma vem dividir religiosamente os vários cantões que, no entanto, conservam a respetiva unidade política; no tratado de Vestefália, de 1648, as várias potências da Europa reconhecem a independência da confederação. Com a emergência da Revolução francesa, vários exilados suíços dirigidos por Frédéric César de la Harpe, desencadeiam um processo de aproximação com a nova república vizinha; no fim de 1792 instala-se em Genebra um governo revolucionário que aí repete o período do Terror; em 1793, a França anexa os territórios do arcebispado de Basileia, constituindo-os em departamento francês; pela paz de Campoformio de 1797, a França retira alguns territórios à confederação, integrando-os na República Cisalpina; a proclamação em Vaud de uma República Lemânica forneceu ao regime do Diretório um pretexto para a ocupação militar de toda a Suíça, que vai acontecer em março desse ano; criada uma República helvética una e indivisível que substituiu o sistema confederativo de cantões soberanos; torna-se em maio de 1799 campo de batalha entre as tropas russas de Suvarov e as tropas francesas de Massena.

Em fevereiro de 1803, com Napoleão, a Suíça, através do chamado Ato de Mediação, volta a ser uma Confederação, agora com 19 cantões, já que parte deles são diretamente integrados no Império francês; depois da derrota de Napoleão, regressa-se ao sistema aristocrático de governo; o Congresso de Viena confirma a Confederação Helvética; pelo Pacto Federal de 7 de agosto de 1815, surgem 22 cantões soberanos, ao mesmo tempo que se decreta a neutralidade permanente.

É a partir de então que termina o regime do pacto feudal, essa justaposição de unidades políticas desiguais ligadas por uma rede de alianças, sobretudo, defensivas, onde participavam cidades livres, principados eclesiásticos e laicos, bailios e outras diversidades organizacionais; regressa-se também, em vários cantões, nomeadamente em Berna, Zurique e Lucerna, ao modelo aristocrático de governo; nos cantões católicos, passa a haver forte influência dos jesuítas, aliados ao modelo de política internacional do sistema Metternich: 1291 – Schwyz, Uri, Unterwalden; 1322- Lucerna; 1351- Zurique; 1352- Glarus e Zug; 1353 – Berna; 1481 – Friburgo e Solothurn; 1501- Basileia e Schaffhausen; 1513- Appenzel; 1803- Graubúnden, Saint Gallen, Ticino, Turgau e Vaud; 1815- Genebra, Neuchâtel, Valais.

Em dezembro de 1845, os cantões catolicos de Lucerna, Friburgo, valais, Uri, Schwyz, Unterwalden e Zug constituem uma aliança defensiva secreta o Sonderbund; em 1847, depois da Dieta considerar inconstitucional a aliança, surge uma guerra civil entre os cantões católicos, conservadores, e os restantes, dominados por governos liberais radicais, vencendo estes, mas os cantões católicos não sofreram represálias; em Setembro de 1848 surge uma nova constituição que estabeleceu um modelo de Estado federal, aprovada por referendo, com 1 897 887 votos favoráveis contra 293 371; o modelo de Estado Federal qual foi reforçado pela revisão constitucional de 1874.

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