Nasce em Berlim. Estuda em Berlim e Friburgo. Emigra em 1934 para os Estados Unidos, ensinando na universidade de Columbia.
Naturaliza-se norte-americano em 1940, trabalhando no Departamento de Estado durante a Guerra. Membro destacado da chamada Escola Crítica.
Influenciado pela ontologia de Heidegger e pela metodologia de Weber. Mistura Hegel, Marx e Freud, criticando o neo-empirismo comportamentalista da sociologia norte-americana. Inspirador da New Left norte-americana e um dos ídolos teóricos do Maio 68.
Analisa a chamada dominação da racionalidade tecnológica das sociedades industriais avançadas, considerando que a mesma leva à unidimensionalidade. Porque a sociedade industrial possui instrumentos para transformar o metafísico em físico, o interior em exterior, as aventuras da mente em aventuras tecnológicas. O progresso técnico tornou obsoletas as oposições sociais típicas do século XIX, dado que o indivíduo ficou enredado nas complexas teias do sistema de produção e de distribuição de massa e da própria indústria cultural, até porque se criam necessidades artificiais.
Questiona se a ameaça de catástrofe atómica não tem sido utilizada para proteger as próprias forças que perpetuam esse perigo. Salienta que a sociedade é irracional no seu todo, porque a paz é mantida pela constante ameaça da guerra.
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Reason and Revolution. Hegel and the Rise of Social Theory. Londres, 1941 [cfr. trad. fr. Raison et Revolution, Paris, Éditions de Minuit, 1969].
- Eros and Civilization. A Philosophical Inquiry into Freud. Boston, Beacon Press, 1955 [cfr. trad. port. Eros e Civilização, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1968].
- Soviet Marxism. A Critical Analysis. Nova Iorque, Columbia University Press, 1958.
- One-Dimensional Man. Studies in the Ideology of Advanced Industrial Society. Boston, Beacon Press, 1964. Cfr. trad. port. Ideologia da Sociedade Industrial, Rio de Janeiro, Zahar Editores, 1969.
- Psicanálise e Política. O Fim da Utopia [ed. orig. 1968], trad. port., Lisboa, Moraes Editores, 1969.