Luckács, Gyorgy

1885 – 1972

SOBRE

manuel alegre

Marxista húngaro. Nasce numa família de nobres judeus. Estuda em Budapeste, doutorando-se em 1916. Passa para a Alemanha, onde tem aulas particulares com Heinrich Rickert e Max Weber.

Participa como comissário para a cultura no governo da República Popular da Hungria de Bela Kun. Refugia-se em Moscovo depois da subida de Hitler ao poder. Regressa à Hungria depois do fim da Segunda Guerra Mundial.

Participa no governo instalado depois da revolta de 1956. Com ele dá-se um reforço hegeliano do marxismo, principalmente pela teorização da consciência de classe, em Geschichte und Klassenbewusstein, obra publicada em Berlim, em 1923.

Trata-se de uma entidade supra-individual, infinita e absoluta, tal como o Weltgeist, ideia que tanto é criticada pela III Internacional, como pela social-democracia.

Considera que “o proletariado só cumpre a sua tarefa suprimindo-se, levando até ao fim a sua luta de classe e instaurando uma sociedade sem classes”. Salienta que a consciência de classe do proletário é que pode vencer aquilo que considera ser a “reificação” do homem, a transformação do homem num objeto, segundo um modelo maquinal. Porque no capitalismo, a racionalização fundada no cálculo incorpora o trabalhador como parcela mecanizada num sistema mecânico.

Observa também que o sentido revolucionário é o sentido da totalidade, uma conceção total do mundo onde o conhecimento e a ação, bem como a teoria e prática são identificadas. Critica assim o materialismo mecanicista, que considera um simples positivismo, acentuando o papel da consciência humana que não reflete passivamente uma prévia realidade empírica.

  • Geschichte und Klassenbewusstsein. Berlim, Mulik Verlag, 1923. Trad. fr. Histoire et Conscience de Classe, Paris, Éditions de Minuit, 1960).

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