SOBRE
De 3 de setembro a 12 de novembro de 1911 (70 dias – Quase dois meses e meio).
2º governo republicano. 1º governo constitucional[1].
Presidência, Interior e Estrangeiros:
Presidente acumula o interior e os estrangeiros. Como ministro dos estrangeiros, depois das incursões, envolve-se em sucessivos conflitos diplomáticos com Madrid e Londres.
Em 12 de outubro:
Augusto César de Almeida Vasconcelos Correia (professor de medicina e até então ministro de Portugal em Madrid) substitui Chagas nos estrangeiros. Manterá tal pasta no governo seguinte, a que preside, até 16 de junho.
Finanças:
Duarte Leite Pereira da Silva (lente de matemática) nas finanças. Será presidente do ministério de junho de 1912 a janeiro de 1913.
Fomento:
Sidónio Bernardino Cardoso da Silva Pais (capitão e lente de matemática) no fomento. Sidónio foi sugerido por Brito Camacho, antigo ministro do fomento.
Justiça:
Diogo Tavares de Melo Leote (juiz) na justiça.
Guerra:
Joaquim Pereira Pimenta de Castro na guerra. O mais antigo general português em exercício. Adversário frontal do grupo dos jovens turcos. Goza da simpatia de Machado Santos. Tem como chefe de gabinete o tenente-coronel Gomes Teixeira e logo se incompatibiliza com Duarte Leite e Sidónio Pais a quem chama duas sábias nulidades. Será substituído em 8 de outubro, acusado de falta de zelo na defesa da República contra a incursão de Paiva Couceiro. Chagas temia, sobretudo, a intervenção espanhola.
Em 8 de outubro:
Coronel Alberto Carlos da Silveira na guerra. Considerado um camachista, logo se alia aos jovens turcos. Estava em curso uma manobra de aproximação entre Afonso Costa e Brito Camacho, destinada a afastar António José de Almeida e Machado Santos. Silveira continuará na pasta da guerra no governo seguinte, até 16 de junho de 1912. Voltará a assumir tais funções no governo de Barros Queirós, entre maio e agosto de 1921.
Colónias:
Celestino Germano Pais de Almeida (médico) nas colónias. O único almeidista de um ministério dominado por camachistas. Manterá tal pasta no governo seguinte, de Augusto de Vasconcelos, até 16 de junho de 1912. Entre maio de 1916 e abril de 1917, quando António José de Almeida acumulava a presidência com o ministério das colónias, assumirá a função de sub-secretário de Estado desta pasta. No governo de Domingos Pereira, entre janeiro e março de 1920, será ministro da marinha. No de Barros Queirós, entre maio e agosto de 1921, voltará às colónias.