Filósofo alemão. Estuda em Munique e Marburgo. Professor em Marburgo, Leipzig, Frankfurt e Heidelberg, aqui de 1949 a 1968, sucedendo a Karl Jaspers.
O principal representante da chamada filosofia hermenêutica.
Inspirado por Husserl e Heidegger.
Regresso à filosofia prática
Numa linha de inspiração fenomenologista e hermenêutica, se defende o regresso à filosofia prática, à unificação do direito, da política e da religião, filosofia que, por tratar de ações e questões humanas, é também uma ciência. Uma conceção que entende a praxis como conatural à teoria, e não como algo que lhe está subordinado, contrariamente aos que a transformaram em simples técnica, em mera resultante de uma dedução do saber teórico.
Phronesis
Na linha de Martin Heidegger, este último autor em causa advoga o regresso à hermenêutica, que, para ele, se distingue tanto do saber metafísico como das simples técnicas de interpretação do texto. Nela a phronesis é a virtude principal; trata-se de um apelo à autonomia da consciência, a razão que se interroga sobre o bem e o mal, um elemento de ligação entre o logos e o ethos, entre a razão e a experiência moral, entre a subjetividade da consciência e a substancialidade do ser. Não é, no entanto, uma ética préconstituída, como a ética apriorística de Scheler e Hartmann , mas uma tica de decisão pessoal.
-
Wahreit und Methode. Gründzüge einer philosophischen Hermeneutik, 1960. (Tubinga, J. C. B. Mohr, 1960) (cfr. trad. fr. Verité et Méthode, Paris, Éditions du Seuil, 1976).
- Kleine Schriften.I Philosophie.Hermeneutik. Tubinga, J. C. B. Mohr, 1967.
- Vérité et Historicité. Institut International de Philosophie, Entretiens de Heidelberg, 1972.
-
«The Ideal of Practical Philosophy» In Notes et Documents, vol. 14, pp. 40 segs., Paris, Institut International Jacques Maritain, 1986.
