SOBRE

manuel alegre

Africanista, acompanhou António Enes na campanha de África em Moçambique. Apoiante de João Franco. Governador de Angola de Junho de 1907 a Junho de 1909. Pacificador do Cuamato e dos Dembos. Um dos raros defensores militares da monarquia no dia 5 de Outubro de 1910. Organizador de incursões monárquicas depois de instaurada a república, ficou conhecido como o paladino. Exilado pelo salazarismo logo em 1937, depois de criticar publicamente a política colonial. É nas Canárias que escreve a sua Profissão de FéLusitânia Transformada, apenas editado em 1944. Sempre se manteve como um liberal monárquico, distinguindo-se dos integralistas e, coerentemente, distanciou-se do autoritarismo e da respetiva política colonial. Nesta matéria, está muito próximo das posições de Norton de Matos que em 1948 escreveu Angola. Ensaio sobre a Vida e Acção de Paiva Couceiro em Angola.

Em 22 de Outubro de 1937, numa carta dirigida a Salazar, faz uma violenta crítica ao regime: Cantam-se loas às glórias governativas e ninguém pode dizer o contrário. O Portugal legítimo do “senão, não” foi substituído por um Portugal artificial, espécie de títere, de que o Governo puxa os cordelinhos. Vela a Polícia e o lápis da censura. Incapacitados uns por esse regime de proibições, entretidos outros com a digestão que não lhes deixa atender ao que se passa, e jaz a Pátria portuguesa em estado de catalepsia colectiva. Está em perigo a integridade nacional. É isto que venho lembrar… Critica virulentamente a política colonia, considerando que o desenvolvimento de Angola é objetivo nacional, falando nesta como um país a fazer.

  • Autor de dois importantes estudos coloniais: Angola. Estudo Administrativo. 1898, publicado em 1899;
  • Dos seus escritos de combate político, ressalta A Democracia Nacional, edição do autor, Coimbra, 1917, onde mantém íntegra a perspectiva liberal e representativa, sem cedência aos princípios propagandísticos do Integralismo.

Carta Aberta aos Meus Amigos e Companheiros, 1924.

Subsídios para a Obra de Ressurgimento Nacional, 1927.

  • ·Angola. Dois Anos de Governo, Lisboa, Gama, 1948, com prefácio de Norton de Matos

 Braga, Luís de Almeida, «Honra e glória de Paiva Couceiro», in Espada ao Sol, Biblioteca do Pensamento Político, 1969, pp. 71 ss..

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