Instituído em novembro de 1917, até julho de 1918, na titularidade de Estaline. Fundamental instrumento de reconstrução real do Império que, seguindo a teoria de Lenine, havia sido gerido de forma laboriosa por Estaline. O comissariado em causa, sem qualquer prévia lei orgânica, foi-se constituindo por agregação, conforme as necessidades, desdobrando-se em subcomissariados para cada nacionalidade, sob a direção de um membro da nação em questão, que ora se assumia como representante da periferia junto do centro, ora como representante do centro relativamente à periferia. Primeiro, logo em novembro de 1917, estabeleceu-se o departamento polaco, depois, o dos lituanos, dos judeus e dos muçulmanos. Em março de 1918, os dos bielo-russos e dos letões. Em maio do mesmo ano, os dos ucranianos e dos estonianos. Pouco a pouco toda a infinidade de povos passou a ter as suas antenas junto de Estaline que soube geri-lo sob a forma de galáxia que, a partir de dezembro de 1918, já tinha ligação direta com os órgãos administrativos das várias autonomias em questão. Mesmo quando, no outono de 1920, foi adotada a política de assentar as relações entre a Rússia e as restantes repúblicas soviéticas na base de um tratado, o Comissariado continuou a manter os seus representantes nas repúblicas amigas. Isto é, longe de ser afetado pelas formais autonomias, o Comissariado praticava a centralização substancial da ideologia e da cooperação na luta contra a contra-revolução nas suas manifestações nacionais (luta contra os governos nacionais-burgueses, conforme pode ler-se em documento oficial de 1920.