1927 – 1937

[indexTimeline years=”1927,1928,1929,1930,1931,1932,1933,1934,1935,1936,1937″]

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Dia 3 de fevereiro – Revolta de Sousa Dias – Começa no Porto a revolta de Sousa Dias. Surge Manifesto assinado pelo general Sousa Dias, capitão-médico miliciano Jaime Cortesão, capitão Sarmento Pimentel. No dia 7, o movimento alastra a Lisboa, sob o comando de Agatão Lança. 50 mortos em Lisboa, 70 no Porto.

Dia 17 de fevereiro  – Manifestação de apoio ao governo contra a maçonaria, promovida por uma Confederação Académica da União Nacional e por uma Milícia Lusitana

Abril – Criação em Lisboa e no Porto de uma Polícia Especial de Informações.

Dia 1 de maio – Governo de Vicente de Freitas diz querer transformar o 1º de Maio  numa Festa do Trabalho a ser comemorada  em serenidade, paz e harmonia social. Todos os comícios são proibidos. Dissolvida a CGT.

Dia 13 de maio – António de Cértima  reedita O Ditador (Lisboa, Rodrigues & Ca., a 1ª ed. é de 1926). No frontespício uma frase de Napoleão: celui qui sauve sa patrie ne viole aucune loi.

Dia 28 de maio – Governo anuncia a intenção de proceder a eleições.

Agosto – Sinel de Cordes em Genebra tenta obter empréstimo da Sociedade das Nações.

Dia 12 de agosto – Esboça-se golpe de Estado de Filomeno da Câmara, com os Caçadores 5, contra a criação do cargo de vice-presidente do Ministério que é ocupado por Passos e Sousa.

Dezembro – Formada a Liga de Paris. Surge uma série de artigos de Salazar no Novidades contra Sinel de Cordes.

Dia 27 de dezembro – Vicente de Freitas em entrevista ao Diário de Notícias anuncia que o governo elabora lei eleitoral e medidas preparatórias para o recenseamento e que apoia a organização de uma Liga Nacional 28 de Maio.

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Dia 7 de fevereiro – Cunha Leal numa conferência no Teatro de São Luís defende o nacionalismo  como a única forma de salvar a Europa da invasão dos bárbaros, o comunismo soviético

Dia 24 de fevereiro – Decreto sobre a eleição presidencial por sufrágio direto.

Dia 27 de março – Eleições  para Presidente da República. Carmona com 761.730 votos.

Dia 15 de abril – Carmona toma posse.

Dia 18 de abril – Novo governo sob a presidência de Vicente de Freitas. Duarte Pacheco na instrução. Fica por preencher a pasta das finanças.

Dia 28 de abril – Salazar, depois de ser nomeado ministro das finanças no dia 27, toma posse: sei muito bem o que quero e para onde vou, mas não se me exija que chegue ao fim em poucos meses. No mais, que o país estude, represente, reclame, discuta, mas que obedeça quando se chegar à altura de mandar. Início da chamada ditadura das finanças.

Dia 28 de maio – Comandantes das unidades da guarnição militar de Lisboa (o governador militar é Domingos de Oliveira) vão cumprimentar Salazar.

Dia 1 de junho – Começa a circulação de veículos pela direita.

Dia 9 de junho – Salazar agradece os cumprimentos dos oficiais da guarnição militar de Lisboa: é a ascensão dolorosa dum calvário. No cimo podem morrer os homens, mas redimem-se as pátrias!.

Dia 11 de junho – Salazar em entrevista ao Novidades observa que o heroísmo é uma exceção na vida: tem de ser curto e decisivo.

Dia 20 de julho – Tentativa revolucionária em Lisboa. Revolta dos Caçadores 7 no Castelo de S. Jorge sedições em Setúbal e no Entroncamento. Em notas oficiosas Salazar pede lealdade na cobrança dos impostos: nem otimismo, nem pessimismo, apenas fé.

Dia 10 de novembro – Remodelação no governo. Entrada de Cordeiro Ramos para a instrução e de Mário de Figueiredo para a justiça.

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Dia 19 de janeiro – Estaline expulsa Trotski da URSS. Nos Estados Unidos, posse de Herbert Hoover.

Dia 15 de fevereiro – É emitido o primeiro Código de Processo Penal Português. Surge o periódico Federação Agrícola, órgão da Federação dos Sindicatos Agrícolas do Centro, dirigido por Tiago Sales e tendo como diretor-técnico o professor Mário Azevedo Gomes. Pretende assumir-se como a voz da lavoura. Defende o tradicional sindicalismo agrário e faz um apelo à organização cooperativa local. Criticam a transferência do ensino agrícola para o ministério da instrução levada a cabo por Gustavo Cordeiro Ramos. Critica-se a falta de crédito para a agricultura. Exposição de Salazar ao Diário de Notícias. Considera que os portugueses, nas relações com o Estado, têm dois vícios: para alguns, o Estado é o inimigo que não é crime defraudar; para  outros, o Estado deve ser o protetor da sua incapacidade e o banqueiro inesgotável da sua penúria. Termina, considerando que a Nação pode mudar de médicos, mas não está em condições de mudar de tratamento.

Março – Eleições na Itália onde apenas participam os fascistas.

Dia 22 de março – Reforma da Caixa Geral de Depósitos. Institui-se como anexa à instituição uma Caixa Nacional de Crédito que vai ter a seu cargo os serviços de crédito agrícola e industrial. As Caixas de Crédito Agrícola Mútuo ficaram, a partir de então, na dependência desta CNC. Começava o processo de estadualização do crédito agrícola que passa pela adoção de um modelo uniforme para todas estas instituições. Em 1938 já o governo era autorizado a intervir diretamente na gestão das mesmas pela nomeação de comissões administrativas. Até então, elas estavam na dependência da Junta de Crédito Agrícola do ministério da agricultura. Imediatos protestos da lavoura.

Dia 27 de março – Instituída a Intendência Geral do Orçamento.

Abril – Salazar emite em 27 de abril uma nota oficiosa intitulada Um Ano de Finanças.

Dia 1 de maio – Salazar, numa entrevista ao Novidades declara: nunca nenhum médico perguntou a um doente o remédio que ele deseja tomar, mas apenas o que é que lhe dói. De maio a agosto Salazar está internado no Hospital da Ordem Terceira de S. Francisco por ter fraturado uma perna. Nesse quarto se realiza o conselho de ministros que aprova o segundo orçamento salazarista.

Junho – Portaria dos sinos de Mário de Figueiredo 26 de junho. A Portaria nº 6 259 que permite manifestações públicas do culto católicos, com procissões e toques de sinos. O ministro da guerra Júlio Morais Sarmento comanda protestos anticlericais. Figueiredo pede a demissão no que não é acompanhado por Salazar.

Dia 30 de junho – Publicado o segundo orçamento salazarista. Mussolini ratifica o Tratado de Latrão.

Dia 3 de Julho – Salazar pede a demissão por causa da portaria dos sinos de Mário de Figueiredo que permitia a realização de procissões.

Dia 7 de julho – Reunião em Torres Vedras dos viticultores do centro e sul criticando o chamado projeto de salvação do Douro que visava proibir a entrada na região do Douro das aguardentes do Centro e do Sul.  José Relvas, presente, considera a solução como imbecil.

Dia 10 de julho – Governo de Ivens Ferraz – Ivens Ferraz, novo Presidente do Ministério. Salazar é o único membro do gabinete anterior que transita. Saem Cordeiro Ramos e Mário de Figueiredo. Entre os novos ministros, Lopes da Fonseca, na justiça; Linhares de Lima, na agricultura; Antunes Guimarães no comércio; Eduardo Marques nas colónias. União dos Interesses Económicos protesta contra a política de crédito agrícola.

Dia 13 de agosto – Reforma geral do sistema tributário, com reorganização do contencioso das contribuições e impostos.

Dia 16 de agosto – É instituída por Linhares de Lima a chamada Campanha do Trigo.

Dia 20 de setembro – Salazar emite nota oficiosa sobre os protestos da lavoura quanto à integração das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo na CGD. Aí se criticam coletividades com representação e com nome que diminuem e prejudicam o que de verdadeiro e útil  há nas suas exosições com o capricho de manterem contra a verdade afirmações inexatas que por lapso lhe escaparam.

Dia 21 de outubro – Câmaras Municipais homenageiam Salazar. Um ano depois das homenagens dos militares chega a vez da província vir agradecer ao mago reformador.

Dia 29 de outubro – A quinta feira negra na Bolsa de Valores de Nova Iorque. Desencadeia-se a Grande Depressão que vai destruir o equilíbrio do mundo ociedental que até então balouçava emtre o laissez faire na economia e o parlamentarismo demoliberal na política. De 1929 a 1932 só jos Estados Unidos vão fechar cerca de 6 000 bancos. O ritmo do desemprego cresce a uma média semanal de cerca de meia centena de milhar de pessoas. Atinge-se em 1933 a cifra de treze milhões.

Dia 31 de outubro – Morte de Gomes da Costa.

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Dia 4 de janeiro – Cunha Leal, então diretor do Banco de Angola, profere conferência na Associação Comercial de Lisboa onde critica violentamente Salazar, por causa de Angola. Considera que, devido a esta política, Angola pode deixar de ser portuguesa. A maioria do CM é favorável a Cunha Leal, mas Carmona apoia Salazar. Este responde a Cunha Leal através de nota oficiosa do dia 7, a que Leal responde no dia 8. Cunha Leal é demitido do Banco de Angola, o governo cai e Salazar, no novo gabinete passa a ministro interino das colónias.

Dia 11 de janeiro – Discussão no Conselho de Ministro da questão Cunha Leal. A maioria dos ministros está contra Salazar que apenas é apoiado pelo ministro da justiça Lopes da Fonseca.

Dia 15 de janeiro – Anuncia-se que Passos e Sousa formará governo.

Dia 21 de janeiro – Governo de domingos Oliveira. Salazar, ministro interino das colónias e Cunha Leal sai da direção do Banco de Angola.

Dia 25 de janeiro – Salazar em nota oficiosa, na qualidade de ministro interino das colónias, anuncia um plano de obras de fomento para Angola.

Dia 28 de janeiro – Em Espanha, Miguel Primo de Rivera pede a demissão e parte para o exílio em Paris. Há uma grave crise económica, a que se segue uma súbita desvalorização da peseta.

Dia 16 de fevereiro – Norton de Matos critica publicamente plano de obras de fomento para Angola anunciado por Salazar em 25 de janeiro. Salazar é obrigado a responder com uma série de notas oficiosas de 16 e 22 de Fvereiro, bem como de 29 de abril.

Dia 12 de março – Uma Junta Liberal promove uma conferência antissalazarista do engenheiro Perpétuo da Cruz na Associação de Socorros Mútuos dos Empregados do Comércio e Indústria. Conflito em Angola. O alto-comissário Filomeno da Câmara visita o Lobito e deixa a indefinição em Luanda, onde stala um conflito entre o chefe de estado maior Genipro da Cunha de Eça Freitas e Almeida e o tenente Morais Sarmento, com troca de tiros e morte deste último. Salazar, em 16 de março, demite o alto-comissário e nomeia o tenenete-coronel Bento Roma, segundo o conselho de monsenhor Alves da Cunha.

Dia 27 de março – Cai o governo alemão presidido pelo social-democrata Hermann Muller.

Dia 30 de março – Surge um governo de inspiração presidencial, como o católico Heinrich Brunning. Começa o julgamento de Alves dos Reis.

Abril – Surge Política, revista doutrinária, editada pela Junta Escolar de Lisboa do Integralismo Lusitano. Entre os colaboradores, Dutra Faria, Pinto de lemos, Amaral Pyrrait, António Pedro e António Tinoco. Dura até março de 1931.

Dia 30 de abril – Publicado o Ato Colonial que cria o conceito de Império Colonial Português, abolindo o regime dos altos-comissários. Diz-se que visa os princípios do mais alto nacionalismo. Estava reunido na altura em Lisboa o 3º Congresso Colonial que defende a designação de provínicias ultramarinas e a consideração de um todo unitário e indivisível. Salazar é apoiado por João de Almeida, mas ferozmente criticado por Cunha Leal. O 28 de maio entra em cisão tanto pela questão colonial como pela questão militar.

Maio – Prisão de Cunha Leal. Do Aljube passa para Ponta Delgada e, daqui, para o Funchal. Evade-se em novembro e só regressa a Lisboa, amnistiado, em dezembro de 1932. São também presos nesse mês João Soares, Moura Pinto, Tavares de Carvalho, Carneiro Franco e Raúl Madeira.

Dia 17 de maio – Publicada a Reforma da Contabilidade Pública.

Dia 28 de maio – Discurso de Salazar na Sala do Risco Ditadura Administrativa e Revolução Política.

Dia 16 de junho – Nota oficiosa de Salazar sobre a situação de Angola. Anunciada a criação do Banco de Fomento Colonial com extinção da Junta da Moeda de Angola. O general Bilstein de Meneses é enviado como observador a Angola.

Dia 17 de junho – Prisão de vário chefes republicanos (Sá Cardoso, Helder Ribeiro, Augusto Casimiro, Rego Chaves, Ribeiro de Carvalho, Maia Pinto, Correia de Matoos, Pinto Garcia e Carlhos Vilhena). Já tinham sido detidos em maio João Soares, Moura Pinto, Tavares de Carvalho, Carneiro Franco, Raul Madeira e Cunha Leal. Tudo por causa de um presumível golpe, marcado para o dia 21.

Dia 5 de julho – Prisão de João de Almeida, o herói dos Dembos. Nota oficiosa refere que o mesmo preparava um movimento revolucionário destinado a derrubar o governo. Ivens Ferraz em conlui com o ministro da guerra Namorado de Aguira movimentam-se no sentido do afastamento de Salazar.

Dia 29 de julho – Salazar abandona a pasta das Colónias, para onde é nomeado Eduardo Marques.

Dia 30 de julho – Criada a União Nacional por decreto do Conselho de Ministros. Na Sala do Conselho de Estado, General Domingos de Oliveira lê o texto. Comparecem membros do Governo e representantes dos municípios do país. Salazar faz discurso intitulado Princípios Fundamentais da Revolução Política onde critica as desordens cada vez mais graves do individualismo, do socialismo e do parlamentarismo, laivados de actuações internacionalistas.

Dia 17 de agosto – Em Espanha, as oposições de esquerda unificam-se pelo chamado Pacto de S. Sebastian. Causa Monárquica apoia Salazar e incita os monárquicos a aderirem à União Nacional. Lopes Mateus, o ministro do interior, conhecido como o cabo Mateusentra em conflito com Vicente de Freitas e persegue os monárquicos que não aceitaram colaborar. Chega a ser preso João de Almeida. Surge em Paris o chamado Grupo de Buda com os oposicionistas Moura Pinto, Jaime Morais e Jaime Cortesão. Ligados a José Domingues dos Santos.

Dia 14 de setembro – Eleições na Alemanha. Os nazis, que se opõem ao pagamento de indemnizações de guerra, passam de 12 para 107 deputados.

Dia 5 de outubro – Esboçam-se em Lisboa manifestações da oposição. Efectuadas várias prisões.

Dia 24 de outubro – Golpe militar depõe o presidente Washington Luís no Brasil.

Dia 3 de novembro – Sobe ao poder no Brasil Getúlio Vargas.

Dia 12 de dezembro – Os últimos soldados aliados evacuam do Sarre. Inaugurada a Liga 28 de maio. Dominada por sidonistas e tendo como principal líder David Neto.

Dia 30 de dezembro – Salazar em discurso para militares, elogia as virtudes (é o regime das notas oficiosas, dos discursos calmamente encenados em salas fechadas perante delegações representativas; o reviralho faz golpes de Estado ou organiza-se no exílio).

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Dia 19 de janeiro – Novo ministro da guerra. Schiappa de Azevedo substitui Namorado Aguiar na guerra. Este teria conspirado com Ivens Ferraz no sentido da substituição de Salazar.

Dia 26 de janeiro – Novos ministros da justiça e das colónias. Lopes da Fonseca é substituído por José de Almeida Eusébio no ministério da justiça. Armindo Monteiro, novo ministro das colónia. Águedo de Oliveira, subsecretário das finanças.

Dia 4 de abril – Começa a publicar-se o Diário da Manhã, órgão da União Nacional; Começa a revolta da Madeira, liderada por Sousa Dias. Constituída uma Junta Governativa.

Dia 7 de abril  – Partem forças militares governamentais para a Madeira.

Dia 8 de abril – Revolta nos Açores.

Dia 14 de abril – Proclamada a República em Espanha.

Dia 17 de abril – Revolta militar na Guiné.

Dia 20 de abril – Rendem-se os revoltosos dos Açores.

Dia 22 de abril – Parte de Lisboa nova expedição militar contra os revoltosos da Madeira. Comanda-a o próprio ministro da marinha, Magalhães Correia.

Dia 25 de abril – Parte novo contingente para a Madeira, sob o comando do coronel Cameira; Visita oficialmente Lisboa o príncipe de Gales e o duque de Kent.

Dia 28 de abril – Magalhães Correia lança um ultimato geral aos revoltosos.

Dia 30 de abril – Iniciado o ataque aos insurretos da Madeira.

Dia 1 de maio – 1º de Maio em Lisboa – Incidentes em Lisboa com estudantes. Surgem manifestos de um grupo dito Estrela Vermelha.

Dia 2 de maio – Rendem-se os revoltosos da Madeira.

Dia 7 de maio – Rendem-se os revoltosos da Guiné; Salazar emite nota oficiosa intitulada O Preço da Desordem.

Dia 13 de maio – Regresso das tropas governamentais a Lisboa.

Dia 17 de maio – Manifestação de apoio ao regime. Discurso de Salazar intitulado Ditadura Nacional, Governo Nacional, Política Nacional.

Dia 18 de maio – Aprovação provisórias das bases orgânicas da União Nacional, numa reunião presidida por Lopes Mateus; Quando os manifestantes pró-regime regressam de Lisboa, são lançadas bombas contra eles.

Dia 19 de maio – Ataque à maçonaria – Fechada e selada a sede do Grémio Lusitano.

Dia 25 de maio – Bombas em Lisboa – Bombas em Lisboa no Alto do elevador de Santa Justa. Tumultos na Rua do Carmo.

Dia 28 de maio – Sessão da Liga 28 de maio com ataques à maçonaria e ao comunismo.

Dia 2 de junho – Universidade Técnica de Lisboa – Decreto aprova os estatutos da Universidade Técnica de Lisboa, então integrada pelo Instituto Superior de Agronomia, pela Escola Superior de Medicina Veterinária, pelo Instituto Superior Técnico e pelo ISCEF.

Dia 18 de junho – Oficiais da marinha prestam homenagem a Salazar e a Magalhães Correia.

Dia 25 de junho – Remodelação – Schiappa de Azevedo deixa o ministério da guerra. A pasta é assumida interinamente pelo ministro do interior, Lopes Mateus.

Dia 29 de junho – Terceiro orçamento de Salazar – Salazar apresenta o seu terceiro orçamento para 1931-1932, com um saldo positivo de 1 900 contos. Declara que estamos sob o temporal de uma crise mundial.

Dia 4 de julho – Decreto cria a Junta Nacional de Exportação das Frutas.

Dia 8 de julho – Aliança Republicano-Socialista solicita a Carmona em audiência direitos como partido político; Criada a Junta Nacional de Olivicultura.

Dia 17 de julho – Manifestação de homenagem a Carmona em Belém. À noite, no Coliseu, discursos de Domingos de Oliveira e de Oliveira Salazar: um nacionalismo político, económico e social bem compreendido, dominado pela soberania incontestável do Estado forte em face de todos os componentes da Nação.

Dia 18 de julho – Aprovação das bases da União Nacional – Ministro do interior, Lopes Mateus, aprova as bases orgânicas da União Nacional, considerada associação política independente do Estado, mas não um partido político; Assalto ao jornal República.

Dia 22 de julho – Manifesto do diretório do Partido Republicano.

Dia 26 de agosto – Revolta dos Caçadores 7, com Dias Antunes, Hélder Ribeiro, Sarmento Beires, Utra Machado e Agatão Lança. São deportados para Timor. Do lado governamental, destacam-se Daniel de Sousa, David Neto, Mário Pessoa Costa. Cerca de 40 mortos e duzentos feridos.

Dia 2 de setembro – Governo britânico abandona o estalão ouro e a libra desvaloriza cerca de 30%. Era um gabinete de coligação nacional, presidido pelo trabalhista Mac Donnald, com liberais e conservadores.

Dia 5 de setembro – Decreto cria um Tribunal Colectivo de Géneros Alimentícios que dura até 1975.

Dia 6 de setembro – Conselho Ministros português decide que o escudo alinhe com a libra.

Outubro – Reúne em Lisboa um Congresso Internacional da Crítica onde participa Luigi Pirandello. Remodelado o ensino primário. Congresso Nacional Missionário em Barcelos.

Dia 21 de outubro – Lopes Mateus assume o ministério da guerra, que geria interinamente. Pais de Sousa, novo ministro do interior. No Sul de França, em casa de Bernardino Machado, reunião dos principais oposicionistas portugueses que se encontravam exilados.

Dia 26 de outubro – José de Almeida Eusébio, novo ministro da justiça.

Dia 6 de dezembro – Reorganização do Ministério da Agricultura, da autoria de Linhares de Lima.

Dia 13 de dezembro – Incidentes em Évora – Em meados de dezembro, incidentes em Évora na inauguração de uma sede da Liga Nacional 28 de maio. Dois mortos, dez feridos.

Dia 14 de dezembro – No dia seguinte, morte do Joaquim da Silva Dias, diretor do Manuelinho de Évora, quando se dirigia a Lisboa, acompanhado por Rolão Preto.

Dia 17 de dezembro – Reunião de militantes do Centro Católico, convocados por Lino Neto. Comparece Mário de Figueiredo, mas não Salazar. Decidem não enfrentar a União Nacional.

Dia 22 de dezembro – Instituído um Conselho Político Nacional. Entre os civis: Salazar, Armindo Monteiro, Manuel Rodrigues, Martinho Nobre de Melo, Mário Figueiredo e José Alberto dos Reis.

Dia 28 de dezembro – Criada uma Junta Nacional de Sericicultura.

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Janeiro – Bissaya Barreto, membro influente da maçonaria, ex-deputado da Constituinte de 1911 e ativista da União Liberal Republicana, adere à União Nacional, enquanto Cunha Leal propõe frente única de oposição. Toma posse o Conselho Político Nacional.

Dia 2 de janeiro – Japoneses criam na Manchúria o protetorado do Manchuko.

Dia 12 de janeiro – Queda do governo Laval em França, sucedendo-lhe André Tardieu.

Dia 24 de janeiro – Expulsão dos jesuítas de Espanha, com confiscação dos respetivos bens.

Fevereiro – Surge o jornal Revolução de Rolão Preto que deixará de publicar-se em abril.

Dia 29 de fevereiro – Protesto contra a futura criação do imposto de desemprego comandada pelo PCP. SDN tenta resolver o conflito entre a China e o Japão.

Dia 22 de fevereiro – Hitler é escolhido pelo NSDAP como candidato à presidência da República, contra Hindenburg.

Dia 7 de março – Morte de Aristide Briand.

Dia 9 de março – Eamon de Valera eleito presidente do Estado Livre da Irlanda.

Dia 10 de abril – Hindenburg eleito presidente da república na Alemanha.

Dia 13 de abril – Nobre de Melo embaixador no Brasil. Presos 11 militantes comunistas em Monsanto e polícia deteta a existência de um sistema de células.

Dia 15 de maio – Discurso de Mário Pais de Sousa (ministro do interior) em Leiria: a República será democrática e representativa. A Constituição, fundamentalmente nacionalista, opondo-se à falsa teoria do integralismo, estabelece direitos e deveres dos cidadãos.

Dia 17 de maio – Imprensa publica estatutos da União Nacional.

Dia 20 de maio – Dolfuss torna-se chanceler austríaco.

Dia 28 de maio – Manifestação no Terreiro do Paço. Carmona condecora Salazar com a Torre e Espada; Enviado para os jornais projeto da nova Constituição; Comício da Liga 28 de maio, com discursos de Rolão Preto, Lopes Mateus e David Neto; Surge de novo Revolução, agora ao serviço do nacional-sindicalismo.

Dia 31 de maio – Von Papen, chanceler alemão.

Dia 3 de junho – Herriot forma governo em França.

Dia 29 de junho – Carmona encarrega Salazar de formar governo.

Dia 2 de julho – Morre em Londres D. Manuel II.

Dia 5 de julho – Primeiro governo de Salazar – Posse do I Governo de Salazar os homens são outros, o Governo é o mesmo. Mantêm-se apenas Armindo Monteiro (colónias) e Cordeiro Ramos (justiça). Governo resolve trasladação dos restos mortais de D. Manuel II.

Dia 21 de julho – Conferência Imperial da Commonwealth em Otava.

Dia 31 de julho – Vitória dos nazis nas eleições para o Reichstag.

Dia 2 de agosto – Chegam a Lisboa os restos mortais de D. Manuel II.

Dia 10 de agosto – Levantamento militar em Espanha, desencadeada por Sanjurjo.

Dia 3 de outubro – Independência do Iraque.

Novembro – Fim dos tabelamentos e aumento do preço dos géneros alimentícios.

Dia 12 de novembro – Órgãos dirigentes da União Nacional – Designação da Comissão Central (Salazar, Bissaya Barreto, Manuel Rodrigues, Lopes Mateus, Armindo Monteiro) e  da Junta Consultiva da União Nacional (Passos e Sousa, João Amaral, Pinto Coelho, Caetano, Linhares de Lima, Alberto dos Reis).

Dia 23 de novembro – Discurso de Salazar na sala do Conselho de Estado por ocasião da posse dos corpos diretivos da UN fora da UN não reconhecemos partidos. Dentro dela não admitimos grupos… nós temos uma doutrina e somos uma força.

Dia 5 de dezembro – Amnistia – Emitido o decreto nº 21 949 com uma lista dos amnistiados. Continuam ainda proscritos por dois anos Bernardino Machado, Afonso Costa, Sousa Dias, Agatão Lança, Jaime Morais, Sarmento Beires, Pestana Júnior, Prestes Salgueiro, Utra Machado.

Dia 18 de dezembro – Entrevistas de Salazar a António Ferro – Começam a ser publicadas as entrevistas de Salazar passado a ferro  (18 a 24).

Dia 21 de dezembro – Movimentação golpista – Em 21 Pimenta de Castro propõe a Domingos Oliveira que este chefia um golpe de Estado de gente nova da situação contra o atual governo. Segundo Assis Gonçalves esta gente nova seria constituída  por vicentistas, descontentistas (nacionais sindicalistas) reviralhistas (carvalhistas, aragonistas, cunhistas) procuram dar-se as mãos para deitar ainda o seu barro à parede. Ainda neste mês Assis Gonçalves propõe a Salazar a constituição de uma forte polícia especial, enquanto o Notícias Ilustrado descobre que Salazar está representado nos chamados Painéis de Nuno Gonçalves.

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Janeiro – Norton de Matos Grão Mestre do Grande Oriente Lusitano, enquanto Tamagnini Barbosa, ex-ministro sidonista, lidera a fação maçónica do rito escocês. Capitão Agostinho Lourenço diretor da Polícia Internacional Portuguesa.

Dia 9 de janeiro – Salazar traça auto-retrato no prefácio ao livro de Ferro, Salazar, o Homem e a sua Obra: o governo foi-lhe dado, não o conquistou … vai engolindo, de quando em quando, a sua conta de sapos vivos, comida forçada de políticos, segundo pretendia Clemenceau.

Dia 19 de janeiro – Salazar recebe Vicente de Freitas que lhe comunica ir apresentar a Carmona  exposição contra o projeto de Constituição; Rolão Preto critica Salazar por este não vestir uma farda ou uma camisa de combate.

Dia 23 de janeiro – Criada Polícia de Defesa Política e Social em lugar da Polícia Internacional Portuguesa que havia surgido em 28 jul. de 1931.

Dia 30 de janeiro – Hitler chanceler alemão. Dissolução do Reichstag no dia 1 de fevereiro.

Dia 6 de fevereiro – Salazar em Coimbra com Fezas Vital afina projeto de Constituição. Entrevista-se também com Costa Leite.

Dia 7 de fevereiro – Sucessivas reuniões do Conselho de Ministros sobre a Constituição.

Dia 12 de fevereiro – Vicente de Freitas publica em O Século exposição contra o projeto de Constituição de Salazar. Considera que dentro do 28 maio, além da corrente nacionalista há outra francamente republicana, que, sem nenhuma maneira defender o regresso à desordem política criada pela Constituição de 1911, é francamente liberal e democrática. Condena a UN como partido se um dia ela viesse de facto a ser a única organização política permitida em Portugal, os seus aderentes constituiriam uma casta privilegiada que pretenderia confundir-se com o próprio Estado e se julgaria no direito de reclamar todas as benesses e situações … a primeira Assembleia Nacional a eleger será de facto nomeada na sede da União Nacional e no Ministério do Interior e representará, não a vontade da nação, mas a vontade do Governo … se o Estado tem realmente de ser forte, o pensamento não pode deixar de ser livre. Segundo Assis Gonçalves (p. 13) a exposição teria sido escrita pelo Dr. António Osório. Salazar reage imediatamente e demite Vicente de Freitas de Presidente da Câmara Municipal de Lisboa (nota oficiosa no dia 14). Aí se diz que Vicente de Freitas em 21 mai. de 1932, em sessão pública, declarou concordar com a União Nacional. Freitas responde, salientando que pensava que a mesma iria ser modificada conforme informação que então lhe fora prestada por Pais de Sousa. Assis Gonçalves diz ter sida criada loja maçónica da imprensa de rito escocês com Pereira da Rosa, Moses Bensabat Amzalak e Carlos de Oliveira, os três donos de O Século. Entretanto, Carmona assina projeto de Constituição e imprensa publica-o no dia seguinte

Dia 18 de fevereiro – Manifestação nacional-sindicalista – Jantar dos nacionais-sindicalistas no Parque Eduardo VII. Saudações fascistas. Discurso de Neves da Costa: isto tem tanta força que ninguém já será capaz de nos fechar a porta.

Dia 21 de fevereiro – Decreto estabelece que, por comodidade, no plebiscito, as abstenções contarão como votos positivos.

Dia 22 de fevereiro – Costa Leite recusa fazer parte do Conselho Superior do Nacional Sindicalismo por este tomar atitude hostil contra o Dr. Salazar.

Dia 19 de março – Plebiscito aprova Constituição. Plebiscito constitucional. 1 213 159 votantes. Contra apenas 5 955. Abstenções 487 364. 60% de votos favoráveis.

Dia 11 de abril – Estabelecido o regime da censura prévia.

Dia 18 de abril – Remodelação governamental. Luís Alberto Oliveira na guerra e Caeiro da Matta nos estrangeiros. Teotónio Pereira acede a subsecretário de Estado. Surge o lema tudo pela nação, nada contra a nação.

Dia 28 de maio – Desfile nacional-sindicalista em Braga. Incidentes.

Dia 5 de junho – Sessão dita corporativa no teatro São Carlos. Teotónio Pereira proclama: nem Estado burguês nem Estado proletário.

Dia 15 de junho – Linhares de Lima critica o Ministério da Agricultura por causa da questão cerealífera.

Dia 16 de junho – Sessão nacional-sindicalista no São Carlos. Rolão Preto discursa: pesam sobre nós as velhas teorias financeiras, os absurdos conceitos económicos, em nome dos quais o homem é escravo da plutocracia, da usura, do Estado.

Julho – Nova remodelação do governo.

Dia 4 de agosto – Salazar dá entrevista ao Diário de Notícias sobre a questão agrícola. Anulada a autorização para a propaganda nacional-sindicalista e suspenso Revolução.

Dia 23 de setembro – Pacote Corporativo (Estatuto do Trabalho Nacional, criação de grémios, sindicatos nacionais, casas do povo, Instituto Nacional do Trabalho e Previdência e casas económicas). Proibido o direito à greve. Ordenada a dissolução de todos os sindicatos até 31 dez., no caso de não terem transformado os estatutos obtendo autorização do subsecretário de Estado das Corporações.

Dia 25 de setembro – Criado o Secretariado da Propaganda Nacional.

Dia 17 de outubro – Criada a colónia penal do Tarrafal; Novo Código Administrativo.

Dia 26 de outubro – Salazar declara que politicamente só existe o que o público sabe que existe.

Dia 27 de outubro – Sedição militar em Bragança. Preso Sarmento Beires.

Dia 6 de novembro – Cisão no congreso do nacional-sindicalismo. Supico Pinto e José Cabral são pela subordinação ao Estado Novo. Rolão Preto e Monsaraz pela independência; Nova definição de delitos políticos.

Dia 15 de novembro – Publicada a Carta Orgânica do Império Colonial Português.

Dia 21 de novembro – Instituída a Fundação da Casa de Bragança.

Dia 20 de dezembro – Salazar promete construir um Estádio Nacional. Surge um curso de Direito Corporativo nas faculdades de direito, em vez da anterior disciplina de Economia Social.

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Dia 13 de janeiro – Começam conferências públicas sobre o corporativismo no Secretariado da Propaganda Nacional. Salazar declara que o plutocrata é uma espécie híbrida entre a economia e a finança … a flor do mal do pior capitalismo.

Dia 17 de janeiro – Revolta militar e civil. Greve revolucionária e soviete na Marinha Grande.

Dia 18 – Criado um campo de concentração em Angola. Greve Geral.

Dia 19 – Notas oficiosas falam em tentativas comunistas frustradas.

Dia 28 – Em 28 de janeiro de 1934, sessão no Teatro São Carlos de apresentação da Acção Escolar de Vanguarda, promovida por João Ameal e Manuel Múrias. Preside Carmona. Discurso de Salazar não reconhecemos liberdade contra a Nação, contra a família, contra a moral… comunismo… a grande heresia da nossa idade. Em fevereiro, dissidentes do Nacional Sindicalismo começam a publicar a revista Revolução Nacional, dirigida por Manuel Múrias.

Fevereiro – António Lino Neto abandona a presidência do Centro Católico. Pereira da Rosa inicia n’ O Século campanha anticomunista.

Dia 18 de fevereiro – Tentativa de invasão por operários do Consórcio Português de Pesca em Setúbal.

Dia 15 de abril – Militares desafiam Salazar. Ministro da Guerra dirige-se a Carmona, declarando:  se sou Ministo da Guerra, sou.

Dia 27 de abril  – Manifestações  no Terreiro do Paço de apoio a Salazar. Surgem os camisas verdes da Acção Escolar de Vanguarda.

Dia 26 de maio – I Congresso da União Nacional na Sociedade de Geografia. Salazar: a economia liberal que nos deu o supercapitalismo, a concorrência desenfreada, a amoralidade económica, o trabalho mercadoria, o desemprego de milhões de homens, morreu já. Receio apenas que, em violenta reação contra os seus excessos, vamos cair noutros que não seriam socialmente melhores. No encerramento do Congresso, em 28 de maio, Lopes Mateus proclama: quem não é por Salazar é contra Salazar. Mais poeticamente, António Correia de Oliveira recita: Patria NostraO Sereno Escultor/ da Imagem Nova sobre a Velha Traça…

Dia 16 de junho – Exposição Colonial no Porto, organizada por Henrique Galvão.

Dia 10 de julho – Preso Rolão Preto. Exilado no dia 14, com Alberto Monsaraz. Salazar publica entrevistas: a Verdade sobre Salazar.

Dia 29 de julho – Nota oficiosa de Salazar comunica a extinção do nacional-sindicalismo por ser inspirado em certos modelos estrangeiros.

Dia 5 de outubro – Carmona concede audiência a Vicente de Freitas.

Dia 23 de outubro – Novo Governo. Da guerra sai Luís Alberto de Oliveira, substituído por Passos e Sousa.

Dia 6 de novembro – Lei Eleitoral.

Dia 16 de dezembro – Eleições para deputados. 90 deputados. Inscritos nos cadernos 478 121 eleitores; votantes  377 792.

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Dia 19 de janeiro – Deputado José Cabral, então diretor-geral dos serviços prisionais, monárquico e antigo nacional-sindicalista, propõe a extinção das sociedades secretas.

Dia 4 de fevereiro – Artigo de Fernando Pessoa no Diário de Lisboa contra a proposta de Cabral.

Dia 17 de fevereiro – Eleições para Presidente da República.

Dia 24 de fevereiro – Rolão Preto regressa do exílio.

Dia 1 de abril – No castelo de Torres Vedras aparece hasteada uma bandeira vermelha.

Dia 5 de abril – Aprovado projeto sobre as sociedades secretas e Carmona elevado a Marechal.

Dia 13 de maio – Decreto nº 25 317 prevê saneamento de funcionários que não derem garantias de cooperar na realização dos fins superiores do Estado ou revelassem espírito de oposição aos princípios fundamentais da Constituição Política.

Dia 13 de junho – Criada a Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho.

Dia 1 de agosto – Inaugurada oficialmente a Emissora Nacional. Preside Henrique Galvão.

Dia 9 de setembro – Revolta da Bartolomeu Dias e do quartel da Penha de França. Nacionais-sindicalistas participam na revolta. Rolão Preto de novo no exílio.

Dia 30 de setembro – Morre Fernando Pessoa.

Dia 11 de novembro – Prisão de Bento Gonçalves, José de Sousa e Júlio Fogaça do PCP.

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Dia 18 de janeiro – Remodelação governamental. Carneiro Pacheco na instrução e Armindo Monteiro nos estrangeiros.

Dia 8 de março – 1ª Conferência Económica do Império Colonial Português.

Abril – Criado um Comité Central do PCP. Com Alberto Araújo, Manuel Rodrigues da Silva, Pires Jorge e Álvaro Cunhal.

Dia 11 de abril – Ministério da Instrução Pública  passa a Ministério da Educação Nacional.

Dia 1 de maio – São tentadas concentrações, mas são facilmente dispersas pela polícia. Representantes dos Sindicatos Nacionais são recebidos em Belém.

Dia 11 de maio – Salazar toma posse como ministro da guerra. Dois dias depois, Santos Costa assume as funções de subsecretário de Estado do Exército.

Dia 19 de maio – Fundada a Academia Portuguesa da História.

Dia 1 de julho – Criada a Mocidade Portuguesa.

Dia 17 de julho – Começa a guerra civil espanhola.

Dia 5  de agosto – Diário de Notícias transcreve declarações de Salazar a jornalista inglês: nós somos antiparlamentaristas, antidemocratas, antiliberais … nós queremos elevar, educar, proteger o povo, arrancá-lo à escravidão da plutocracia, e por isso somos antidemocratas (apud Luís Almeida Braga, A Posição de António Sardinha, pp. 38).

Dia 28 de agosto – Manifestação salazarista no Campo Pequeno. Botelho Moniz propõe a criação de uma milícia armada do regime.

Dias 8 e 9 de setembro – Revolta nos navios Dão Afonso de Albuquerque.

Dia 20 de setembro – Aprovada a constituição da Legião Portuguesa (DL 27 958).

Outubro – A bordo do navio Luanda chegam a Cabo Verde os primeiros 200 presos políticos deportados para o Tarrafal. Entre eles está Bento Gonçalves, secretário geral do PCP. Constituída a Frente Popular Portuguesa, ligada ao PCP.

Dia 14 de outubro – Reforma do ensino liceal.

Dia 23 de outubro – Suspensão das relações entre Portugal e a República Espanhola.

Dia 31 de outubro – Manifestação de apoio a Salazar.

Dia 9 de novembro – Posse da Junta Central da Legião Portuguesa.

Dia 24 de novembro – Reforma do ensino primário.

Dia 25 de novembro – Armindo Monteiro é nomeado embaixador em Londres.
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Dia 20 de janeiro – Bombas em Lisboa.

Dia 29 de janeiro – Nota oficiosa do governo desmente suposto arrendamento de Angola à Alemanha.

Dia 6 de fevereiro – Principia a Batalha de Jarama na frente de Madrid.

Dia 9 de fevereiro – Nacionalistas conquistam Málaga.

Dia 20 de fevereiro – Portugueses proibidos de alistamento em forças espanholas em conflito.

Dia 11 de março – Criação das Casas dos Pescadores.

Dia 29 de março – Aprovados novos programas do ensino primário.

Dia 26 de abril – Bombardeamento de Guernica.

Dia 17 de maio – Negrin substitui Caballero no governo republicano espanhol.

Dia 28 de maio – Desfile da MP e da LP na Avenida da Liberdade em Lisboa.

Dia 3 de junho – Franquistas conquistam Bilbau. Morre o general Mola.

Dia 4 de julho – Atentado contra Salazar na Avenida Barbosa du Bocage.

Dia 6 de julho – 1500 oficiais vão a São Bento homenagear Salazar. Discurso deste Portugal, a Aliança Inglesa e a Guerra de Espanha.

Dia 25 de julho – Inaugurado o 1º Congresso da Expansão Portuguesa no Mundo.

Dia 22 de agosto – Presos os presumíveis autores do atentado contra Salazar.

Dia 7 de outubro – Nota oficiosa do Ministério das Finanças anuncia a abolição de todas as restrições ao comércio de divisas e à livre circulação de capitais.

Dia 16 de outubro – Carmona e Salazar assistem a manobras militares no Alentejo. Discurso de Salazar: teremos um Exército.

Dia 21 de outubro – Nacionalistas conquistam Gijon.

Dia 22 de outubro – Carta de Paiva Couceiro a Salazar: Cantam-se loas às glórias governativas e ninguém pode dizer o contrário. O Portugal legítimo do “senão, não” foi substituído por um Portugal artificial, espécie de títere, de que o Governo puxa os cordelinhos. Vela a Polícia e o lápis da censura. Incapacitados uns por esse regime de proibições, entretidos outros com a digestão que não lhes deixa atender ao que se passa, e jaz a Pátria portuguesa em estado de catalepsia coletiva. Está em perigo a integridade nacional. É isto que venho lembrar.

Dia 10 de novembro – Nova Constituição Brasileira de Getúlio Vargas.

Dia 7 de dezembro – Salazar em Coimbra no 4º centenário da Universidade. Teotónio Pereira é nomeado agente especial do governo português junto de Franco.

Dia 13 de dezembro – Costa Leite é nomeado Ministro do Comércio e Indústria.

Dia 18 de dezembro – Legião Portuguesa instala-se na antiga sede do Grande Oriente Lusitano.

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